quarta-feira, janeiro 29, 2014

Conferência "As relações entre o Estado Novo e o Terceiro Reich antes e durante o Holocausto"




No âmbito da Semana da Memória das Vítimas do Holocausto que temos vindo a assinalar, tivemos, no dia 27, a Sessão de Abertura desta efeméride. Ao abrir a Semana, o Diretor do Agrupamento, Pedro Cerqueira, assinalou a importância de recordar um dos períodos mais negros da história da Europa e que não pode ser esquecido. Na ocasião, foi lida uma mensagem de Esther Mucznik, Presidente da MEMOSHOÁ - Associação Memória e Ensino do Holocausto e vice-presidente da Comunidade Israelita de Lisboa. Na sua mensagem, que publicamos num post anterior, felicitou o Agrupamento de Escolas de Amares na pessoa do seu Director, de todos os professores e alunos empenhados na organização desta Semana pela importante iniciativa de comemorar este dia tão simbólico e pelo excelente programa previsto, desejando sucesso para a iniciativa. A sessão contou ainda com um momento musical protagonizado por alunas da escola.
Os presentes tiveram, depois, oportunidade de assistir à conferência "As relações entre o Estado Novo e o Terceiro Reich antes e durante o Holocausto", proferida pelo Prof. Dr. Mário Matos, docente do Departamento de Estudos Germanísticos e Eslavos do Instituto de Letras e Ciências Humanas, da Universidade do Minho. Uma excelente conferência em que este investigador explicou as relações entre o regime salazarista e o regime nazi. O professor Mári Matos desmistificou a ideia de um Portugal «orgulhosamente só» e de um país de «brandos costumes» adverso aos ventos extremistas que sopravam do resto da Europa, posicionamento que durante a II Guerra Mundial se configuraria sob a forma de uma ambígua «neutralidade não beligerante». Demonstrou, ainda, que o Estado Novo manteve intensas relações com os países com governos de cunho nazi-fascista. Neste contexto, salientou os contactos entre o Estado Novo e o Terceiro Reich, sobretudo durante os anos anteriores à guerra em que se assistiu a uma fascização dos respectivos regimes assente em diversas afinidades ao nível ideológico, mas também durante o próprio período do conflito bélico, que constituem um capítulo da história portuguesa e alemã ainda relativamente pouco conhecido do público em geral.








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